sexta-feira, 21 de março de 2008

Que Cristo ressuscite no coração de todos

«Em horas de alegria e de festa ou em momentos de passos magoados pelo longo caminho do deserto, o povo de Israel recordava sempre a sua primeira páscoa. Aí se afirmava o sentido da viagem e se confirmava o horizonte da terra da promessa.»

Esta é a primeira Páscoa que o Principezinho passa em casa. Todas as anteriores foram passadas no hospital.
Nos anos anteriores experimentámos a Quaresma fisicamente: com Jejum, Abstinência, Sacrifício e Sofrimento.
Este ano estamos a vivê-la de uma forma diferente: com algum recolhimento, mas com o espírito sempre presente nas nossas experiências anteriores: assim como o povo de Israel que recordava sempre a sua primeira Páscoa... Escolhi este primeiro parágrafo da mensagem pascal do Bispo de Aveiro porque retrata bem o que temos sentido nestas últimas semanas.
Não podemos esquecer a caminhada que temos feito até aqui, a cruz que carregamos todos os dias e que carregaremos para o resto das nossas vidas.
É pois impossível não viver este tempo pascal sem fazer a analogia à nossa experiência pessoal/familiar.

«A Páscoa é a profecia dos tempos novos. Destes tempos em que a vida reencontra sentido e dignidade e recupera valor sagrado; em que o pecado humano é redimido; em que a humanidade é salva dos seus medos, inseguranças e atropelos da justiça, da verdade e da paz.
O mundo precisa desta Páscoa, que nos traz Deus, de novo, em Jesus Cristo, vivo e ressuscitado. »

É, obviamente, por crer nesta Verdade que a minha melhor intenção para esta Páscoa é que cada um deixe Cristo ressuscitar em seus corações.
Para que a Vida reencontre o seu sentido, para que a esperança não morra, mas cresça!

segunda-feira, 17 de março de 2008

Como gostava eu de apaziguar a tua dor….

Se pudesse daria parte de mim a Ti, meu príncipe, para que não fosse necessária essa luta constante…

Se eu pudesse, trocaria contigo minha irmã, para que pudesses voltar a conquistar algumas das coisas que tanto gostas…

Se depender de mim lutarei para melhor a vida de todos nós!

Somos unos , indivisíveis …

«Eu gostava de ser um carrinho»


Sou ciumento, de facto, pois gostaria de ser um carrinho. Sabe, aqueles carrinhos que existem em grandes armazéns. Quando vejo as atenções que rodeiam esses pequenos cestos de rodas, sim, sinto-me ciumento. Porque na verdade, tudo foi pensado em função deles. Não se encontra o mais pequeno degrau à sua passagem; tudo foi calculado à sua medida: a largura dos corredores, a altura das prateleiras, a largura das passagens junto às caixas, o acesso aos automóveis, os parques, tudo, acredite-me. Para conforto daquele pequeno acessório, os arquitectos encontraram todas as soluções. Isto é bem prova de que quando se quer, pode-se. E, assim, sonhei com uma cidade de blocos habitacionais, de edifícios públicos, de ruas concebidas de forma a que a minha cadeira de rodas pudesse circular à vontade. Seria assim tão complicado? Era, sobretudo necessário querer-se. Na verdade, Repito, como eu gostaria de ser um carrinho.



Adaptado do “Urbanisme”