terça-feira, 28 de abril de 2015

Cerca 3 semanas

Foi o tempo que passámos em casa entre um internamento e outro.

Desde a alta continuámos a vir ao hospital todas as manhãs para fazer cinesioterapia respiratória (por profissional qualificada para o fazer uma vez que ele continuava com sibilos e mantinha pouca ventilação na base do pulmão) e não notámos melhorias no estado geral dele: 
continuou com maior dependência de O2, a fazer broncodilatadores + anti-inflamatórios (o normal - Seretaide e o Ventilan) e o anticolinérgico (Atrovent) de horário. Continuava com sibilos e muitos fervores... Experimentámos, por conselho médico, parar um dos broncodilatadores (Ventilan). Esteve sem pieira menos de 24h.
Às páginas tantas já não nos sentíamos confortáveis em tê-lo em casa sem sabermos o que se passa com os pulmões dele, tendo em conta que não tinha febre, mantinha o estado de espírito habitual (apesar de se cansar muito mais depressa e dessaturar imenso) MAS precisava de mais O2.
A fisioterapeuta que o tratou em ambulatório, quando teve alta concordava connosco e na semana, depois de uma noite em que ele não dormiu, com muita dificuldade respiratória (tive que o tirar da cama e sentá-lo para ele conseguir saturar minimamente) também achou que ele tinha que voltar a ser observado por um médico e fazer exames.

Lá ficou internado mais uma vez.
Ao longo desta semana, infelizmente não posso dizer que ele melhorou...
Piorou um bocado, tendo em conta que já chegou a necessitar de 6L/O2 + 15L fluxo de ar no Airvo2 para conseguir saturar acima dos 90%.
Iniciou um quadro subfebril persistente há 2 dias. Fez análises e os primeiros resultados não tinham parâmetros de infecção.
Se isto nos descansa: Não!
Por enquanto não tem parâmetros de infecção, mas cansa-se muito mais depressa, ventila pior e continua subfebril.

Provavelmente não será uma "agudização qualquer"...
Provavelmente será o típico nas bronquiectasias: a deteriorização dos pulmões.

Não vale a pena pensar
"Se ele, ao menos, pudesse ser operado..."
NÃO PODE.

Não podemos contar com isso.
Há solução para o problema?
Algumas, não muitas.
Mas tiram-lhe qualidade de vida...

Tempo de reflexão, serenidade e muita oração!