terça-feira, 28 de julho de 2015

Pedir ou não pedir, eis a questão

Qualquer pai/mãe de filho com necessidades especiais sabe que, a par das chatices burocráticas a quintuplicar, as despesas também quintuplicam!

Qualquer pai/mãe engole orgulho pelos filhos, quando é preciso....

Há cerca de 6 anos que não peço nada, publicamente, para o meu filho.


Mas, ora bem... o João precisa de um assento confortável, onde consiga relaxar e não cair ao chão (como já aconteceu quando está no puff). Precisa de um assento adaptado ao seu franzino e espástico corpo e à sua anca displásica. Ah! E convém que consiga manter uma postura razoável em que consiga "respirar razoavelmente".
O assento custa cerca de mil euros.
(e eu não comprei a bimby porque custa o mesmo valor!)
Não vou apresentar isto à Segurança Social porque já tenho uma lista de produtos de apoio de valor aproximado em 10.000€ em standby e ainda não pedi a cama articulada e a cadeira de banho (que mais dia, menos dia irá precisar).


E a questão não é "apenas" o valor das coisas pendentes para aprovação pela SS. É a necessidade urgente que o João tem. Não dá para esperar mais 3,4 ou 5 meses quando é raro o dia que não se queixa de dores e mostra desconforto na própria cadeira de posicionamento e transporte e pede constantemente para ir para o puff...

Hoje, ao experimentar a Gravity Chair, chego à conclusão que é bem melhor que continuar a sentá-lo no puff (de onde ele consegue atirar-se para o chão...).

Uma amiga lembrou-se de crowdfunding... Eu fiquei na dúvida: pela necessidade de "engolir orgulho"  e pelo interesse das pessoas (o bom e o mau... aquela cusquice que não nos interessa e para a qual já não tenho paciência). Entretanto, decidi tentar!

Quem tiver disponibilidade e generosidade para ajudar financeiramente, aceitamos com humildade e gratidão

NIB: 0036 0098 991 00041759 61
IBAN: PT50.0036.0098.99100041759.61
BIC/SWIFT: MPIOPTPL


 Como escreveu Elizabeth Gilbert:
"talvez devêssemos todos desistir de tentar retribuir às pessoas que sustentam as nossas vidas neste mundo.
Afinal, talvez fosse mais sensato rendermo-nos diante do alcance miraculoso da generosidade humana e limitarmo-nos a dizer incessantemente obrigada, para sempre e sinceramente, enquanto tivermos voz".