«O exercício físico deve ser prescrito de forma individualizada com o objectivo de estimular os sistemas cardiovascular, respiratório e musculoesquelético, minimizando o impacto do descondicionamento físico. Assim, tem que ser adaptado às limitações dos indivíduos, que incluem a incapacidade para aumentar a entrega do oxigénio ao músculo periférico, devido à deficiente troca gasosa pulmonar, resultante das limitações ventilatórias. Além destas limitações, a deficiência orgânica do músculo é actualmente reconhecida como um dos principais efeitos sistémicos que limita a tolerância ao esforço físico na maioria dos indivíduos.
Ao longo dos anos, considerou-se o exercício aeróbio, para os membros superiores e inferiores, como a componente essencial dos programas de reabilitação para indivíduos com doença pulmonar crónica. Actualmente, considera-se que o exercício de força muscular dinâmica apresenta benefícios adicionais. O exercício aeróbio conduz consistentemente a melhorias clínicas na tolerância ao esforço físico, diminuição da dispneia e melhoria da eficiência do trabalho muscular, contribuindo para uma melhoria do estado de saúde, sem, no entanto, promover aumentos da força e massa muscular.
O exercício de força, por sua vez, conduz ao aumento da força e massa muscular, permitindo ainda, aumentar a densidade do osso, um efeito potencial interessante nestes indivíduos, cuja incidência de osteoporose é altamente predominante. Se o exercício de força aumenta a massa e força muscular, associada a uma diminuição da dispneia e, se o exercício aeróbio oferece modestas alterações ao nível da função muscular, a combinação de ambos é provavelmente a melhor estratégia para melhorar a função muscular periférica, com repercussões benéficas sobre a função respiratória, em indivíduos com doença pulmonar crónica.
Programas de reabilitação pulmonar
As técnicas de fisioterapia respiratória, por sua vez, melhoram a ventilação pulmonar, facilitam a higiene brônquica, aumentam a eliminação de muco, minimizando exacerbações. No entanto, não devem ser realizadas de forma isolada, mas em combinação com outras intervenções, como o exercício aeróbio e de força muscular dinâmica.
Nos indivíduos portadores de doença pulmonar crónica o exercício, em particular o exercício combinado, deve ser mantido de forma contínua, associado às técnicas de controlo respiratório, para que se mantenham os benefícios atingidos. Uma vez suspendidos os programas de exercício, os benefícios vão diminuindo ao longo do tempo, verificando-se perdas após seis meses de suspensão. Assim, o encorajamento à manutenção de alguma actividade física é fundamental para manter os bons resultados induzidos pelo exercício, em indivíduos com doença pulmonar crónica.
De realçar ainda que o exercício físico, como parte integrante do programa de reabilitação pulmonar apresenta modificações do estado de saúde, quer ao nível da componente física, quer ao nível da componente mental. A modificação na percepção do estado de saúde é acompanhada por melhorias clinicamente significativas, com ganhos para o doente e consequentemente menos consumo de recursos de saúde.»
Ao longo dos anos, considerou-se o exercício aeróbio, para os membros superiores e inferiores, como a componente essencial dos programas de reabilitação para indivíduos com doença pulmonar crónica. Actualmente, considera-se que o exercício de força muscular dinâmica apresenta benefícios adicionais. O exercício aeróbio conduz consistentemente a melhorias clínicas na tolerância ao esforço físico, diminuição da dispneia e melhoria da eficiência do trabalho muscular, contribuindo para uma melhoria do estado de saúde, sem, no entanto, promover aumentos da força e massa muscular.
O exercício de força, por sua vez, conduz ao aumento da força e massa muscular, permitindo ainda, aumentar a densidade do osso, um efeito potencial interessante nestes indivíduos, cuja incidência de osteoporose é altamente predominante. Se o exercício de força aumenta a massa e força muscular, associada a uma diminuição da dispneia e, se o exercício aeróbio oferece modestas alterações ao nível da função muscular, a combinação de ambos é provavelmente a melhor estratégia para melhorar a função muscular periférica, com repercussões benéficas sobre a função respiratória, em indivíduos com doença pulmonar crónica.
Programas de reabilitação pulmonar
As técnicas de fisioterapia respiratória, por sua vez, melhoram a ventilação pulmonar, facilitam a higiene brônquica, aumentam a eliminação de muco, minimizando exacerbações. No entanto, não devem ser realizadas de forma isolada, mas em combinação com outras intervenções, como o exercício aeróbio e de força muscular dinâmica.
Nos indivíduos portadores de doença pulmonar crónica o exercício, em particular o exercício combinado, deve ser mantido de forma contínua, associado às técnicas de controlo respiratório, para que se mantenham os benefícios atingidos. Uma vez suspendidos os programas de exercício, os benefícios vão diminuindo ao longo do tempo, verificando-se perdas após seis meses de suspensão. Assim, o encorajamento à manutenção de alguma actividade física é fundamental para manter os bons resultados induzidos pelo exercício, em indivíduos com doença pulmonar crónica.
De realçar ainda que o exercício físico, como parte integrante do programa de reabilitação pulmonar apresenta modificações do estado de saúde, quer ao nível da componente física, quer ao nível da componente mental. A modificação na percepção do estado de saúde é acompanhada por melhorias clinicamente significativas, com ganhos para o doente e consequentemente menos consumo de recursos de saúde.»
artigo de
Prof.ª Helena Santa-Clara e Mestre Ângela Maria Pereira (Faculdade de Motricidade Humana)
maio de 2009
Prof.ª Helena Santa-Clara e Mestre Ângela Maria Pereira (Faculdade de Motricidade Humana)
maio de 2009
in Jornal do Centro de Saúde
1 comentário:
VAMOS EXERCITAAAAAAAAAAR!
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